LITERATURA



Professor Flávio Lunardi - (29/05/2020)


 Uma narrativa, com seus personagens, conflito e resolução de conflito, metaforiza os conflitos do mundo real.Essa história que você vai ler foi escrita por Sylvia Orthof em 1985, mas, como é uma história metafórica, podemos relacioná-la ao nosso momento atual de pandemia, que provocou uma grande transformação na nossa forma de pensar, agir e se relacionar. Fala-se, na mídia, de “novo normal”. A América do Sul, em particular o Brasil, está sendo um dos últimos lugares do mundo a sentir os impactos do novo coronavírus e também será um dos últimos a deixar para trás o momento crítico da pandemia. Já mudamos nossos hábitos diários e, em nosso cotidiano, o uso de álcool gel e de máscaras já está institucionalizado. 

Devido ao coronavírus, houve, então, mudanças diretamente dentro de nossas casas. Leia agora a história Mudanças no galinheiro,mudam as coisas por inteiro de Sylvia Orthof.
Mas, quem é Sylvia Orthof?
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Sylvia Orthof nasceu em 1932, na cidade de Petrópolis, RJ. Fez parte da Escola de Arte Dramática do Teatro do Estudante. Começou a atuar no teatro aos 15 anos. Morou dois anos em Paris, onde fez cursos de mímica, desenho, pintura e arte dramática. Sylvia foi mãe de três filhos: Cláudia, Gê e Pedro. Ficou viúva e casou-se pela segunda vez com Tato, arquiteto e artista plástico que ilustrou muitos dos livros escritos por ela. Depois que começou a escrever livros para as crianças, Sylvia não parou mais, e, por suas histórias, recebeu diversos prêmios importantes. Para a tristeza da literatura infantil, Sylvia Orthof morreu no dia 24 de julho de 1997. Suas histórias, porém, continuam bem vivas, alegrando e encantando crianças e adultos.



Agora, vamos à leitura clicando na imagem:



Veja algumas ilustrações do livro:

https://tse2.mm.bing.net/th?id=OIP.eIFULKwMZ-z2PiGDd7E8TQHaEK&pid=Api&P=0&w=280&h=158
https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhhgf0UFFBz0qqwIwbQf6wsEhw7ym5H-4f1U9fncpjpreDFK1a3EMvkXt8acC68aBltWtKdgSCLKyaFviJTHszTRmfgSHqJyI-u5LuQ8AOeQb9pFYoT5PJhMWeRSi7uiIdY1KRCdxDYXg/s1600/IMG_20170216_153923.jpg

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Com a chegada da Covide-19, nossa casa, nossa escola e nossa vida também se transformaram assim como houve “mudanças no galinheiro” que mudaram “as coisas por inteiro”. Assim, podemos fazer uma releitura dessa história à luz da pandemia. Gaúchos, segundo uma reportagem do Correio do Povo, de 24 de 05 de 2020, e que estão morando no exterior falaram sobre as mudanças pelas quais passaram. Leia alguns depoimentos:


“Máscara aqui é importante. Eles exigiam até na entrada do shopping. Se tu estivesses tomando algo com ela abaixada, pediam para você jogar fora e levantar a máscara. Então, isso foi muito importante e fez a diferença aqui”, acredita o ex-morador de Estância Velha, Mikael Patrick da Silva, 22 anos, que é analista de qualidade em couro de uma companhia na cidade de Quanzhou, na China,país onde tudo começou.




“Eu já não podia mais ir ao trabalho, minha filha não ia à escola, não tinha mais cinema, shows, piquenique no parque com os amigos. A vida mudou. Foi difícil trabalhar a aceitação dentro de mim. Tinha dias que chorava loucamente, outros sentava na sacada e não me movia por horas, sentindo o sol e vento no meu rosto. A parte mais complicada foi quando meu pai adoeceu, no interior do Rio Grande do Sul, e precisou ser hospitalizado em Porto Alegre e eu não tinha como sair daqui. Pânico,medo revolta. E depois aceitação”, conta Shanti, que é filha de gaúchos e mora na Holanda.



“Na primeira quinzena de março, a situação já estava se agravando na Itália e, em seguida, nos países mais próximos, como Espanha e França. No meu caso, ainda antes de ser declarado estado de emergência, a empresa mandou os funcionários para casa. Ainda estou em casa, mas em teletrabalhando. Em casa, tenho minha esposa, meu filho de 7 anos e minha sogra. Todos são considerados grupos de risco. Com isso, o distanciamento acabou sendo mais radical para mim e para eles. O estado de emergência foi encerrado apenas no início deste mês, mas desde que os casos se agravaram na Itália já passamos a tomar medidas de precaução, que ficaram ainda mais intensas na segunda quinzena de março”, relata o brasileiro, analista de dados, Marco Aurélio Ruas de Almeida, que mora em Portugal desde 2018.


Assim, qual é tarefa que você vai realizar?

Você vai escrever um pequeno texto, escolhendo uma das opções:

a)Escrever uma história de ficção, que se passa numa creche , após a abertura da instituição, neste período de coronavírus;
b) Escrever um relato pessoal, contanto sua experiência de vida e as mudanças que ocorreram no seu cotidiano.

Você pode enviar para o seguinte e-mail: flaviolunardi@uol.com.br

Bom trabalho e não se esqueçam de se cuidar!

Vamos sempre em busca de SOL:

O SOL

Jota Quest
Ei, dor
Eu não te escuto mais
Você não me leva a nada
Ei, medo
Eu não te escuto mais
Você não me leva a nada


E se quiser saber
Pra onde eu vou
Pra onde tenha Sol
É pra lá que eu vou
E se quiser saber
Pra onde eu vou
Pra onde tenha Sol
É pra lá que eu vou


https://tse3.mm.bing.net/th?id=OIP.7bvN0N-gMy-N2NLzq_KebgEsDG&pid=Api&P=0&w=229&h=153



Profº Flávio Lunardi - Literatura - 

(02/06/2020)


AULA LITERATURA EMILIO MEYER: PROJETO PANDEMIA

Estamos passando por um momento definido por muitos como “um filme de terror” nunca imaginado. Entretanto, é claro que, na literatura, no universo de ficção, situações semelhantes a essa já foram criadas.
Veja, agora, a sinopse do livro A Peste de Albert Camus publicado em 1947.



Esse livro explora os sentimentos, as emoções e as reflexões humanas que surgem numa situação de incerteza e de insegurança. Essa história é uma metáfora da nossa situação atual.

Outra obra literária que aborda o tema de uma pandemia é Ensaio sobre a cegueira de José Saramago . 

         Esse livro mostra uma narrativa envolvente provocante. Nesse caso, a pandemia é uma cegueira branca que chega sem explicação. A história começa quando um homem, ao estar parado no sinal vermelho, começa a gritar que está cego, ocasionando uma confusão no tráfego. É uma cegueira branca, um mar de leite, explica ele. Congestionamento, xingamentos, curiosidade e pena foram somente algumas das reações à inexplicável cegueira daquele indivíduo. O cego, no semáforo, é ajudado por outro homem, que o leva em casa e rouba-lhe o carro. Mas o ladrão não tem tempo para usufruir da nova aquisição, porque a cegueira também o atinge. O médico que atende o cego, também cega, assim como cegam todos os seus pacientes presentes na sala de estar no momento em que o primeiro cego chega. E uma cadeia sucessiva de cegueira vai se formando. Uma cegueira diferente, pois ela é branca. O governo não demora a perceber que se trata de uma epidemia e toma providências.
      No mundo dos cegos, surge a luta pela sobrevivência e, nesse universo, o homem vai se animalizando, ou seja, perdendo o sentimento de amor e de solidariedade. Há uma metáfora: o ser humano não enxerga mais o outro. Ele começa agir por instinto como os animais. O mundo fica à beira da extinção. Os cegos transformam-se, virando-se uns contra os outros, acabando por mostrar as faces mais sombrias do ser humano. A cidade vai se transformando num caos de destruição humana, onde cada cego luta pela sua sobrevivência, entregando-se de tal forma ao desespero que acabam por abandonar qualquer traço de humanidade.
     Entretanto, felizmente, tão de repente como veio, a cegueira se vai, restando a contemplação. Há uma frase do livro importante que aborda a importância do sentimento de esperança na vida do ser humano: “a cegueira também é isso, viver num mundo onde se tenha acabado a esperança.”Parafraseando, o ser humano, mesmo em situações limites, não pode perder a esperança, que é a força motriz da vida.

E falando em ESPERANÇA e em DOENÇAS, não podemos deixar de nos lembrarmos da mitologia grega. Um dos mitos gregos, a Caixa de Pandora, tenta explicar a origem do mal e das tragédias humanas. Esse mito também pode representar a capacidade humana de resistir e de superar as diversas situações negativas que podem nos afligir, pois, embora a caixa, quando aberta, expande ao mundo todos os males, lá, no seu fundo, fica a ESPERANÇA.
Leia, com atenção, o mito a Caixa de Pandora:

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     No início, na criação do mundo grego, houve uma guerra entre os titãs. Esses eram 12 deuses que, segundo a mitologia, nasceram no início dos tempos. Eles eram os ancestrais dos futuros deuses olímpicos e também dos próprios mortais (os humanos). Os titãs nasceram da união entre Urano, que representava o Céu, e Gaia, que seria a Terra. Eles eram seres híbridos, ou seja, ora eram humanos, ora animais.
      Nessa guerra, os titãs Prometeu e Epimeteu, que eram irmãos, juraram lealdade a Zeus. Dessa maneira, eles se mantiveram ao lado desse deus durante toda a guerra travada contra os outros titãs. Assim, Zeus permitiu que os dois criassem as primeiras criaturas vivas do planeta. Epimeteu foi rápido e criou os animais, bem como as habilidades especiais de cada um e a proteção para eles. Por outro lado, Prometeu demorou a cumprir sua missão e, quando terminou de moldar o homem do barro e da água, ele pediu que Zeus oferecesse o fogo dos deuses aos homens para protegê-los, pois seu irmão já havia usado todas as proteções para os animais. Zeus, entretanto, recusou a proposta. Devido a isso, Prometeu continuou com o seu plano e roubou o fogo.
     Em razão do roubo, Prometeu foi amarrado em uma montanha, onde era atacado por uma águia. Todos os dias, a ave comia seu fígado, que voltava a crescer durante a noite. Da mesma forma, Zeus achou que era necessário punir os homens. Assim, Zeus criou a primeira mulher: Pandora. Ela recebeu dons de todos os deuses, incluindo sabedoria, bondade, paz, generosidade e saúde. Além disso, foi moldada com a beleza da deusa Afrodite. Depois de criar Pandora, deus enviou a mulher para se casar com Epimeteu. Junto da esposa, ele recebeu uma caixa com vários males. Ainda que Epimeteu não soubesse o que a caixa guardava, recebeu a orientação de nunca abri-la. Chamada de Caixa de Pandora, ela era guardada por duas gralhas barulhentas.
    Utilizando sua beleza natural, Pandora convenceu Epimeteu a se livrar das gralhas. Como esse conseguiu espantá-las e, aproveitando a falta de proteção da caixa, a mulher, como é curiosa, acabou abrindo o presente. Assim que a Caixa de Pandora foi aberta, saíram dali coisas como ganância, inveja, ódio, dor, doença, fome, pobreza, guerra e morte. Assustada, Pandora fechou a caixa. Apesar disso, algo ainda havia ficado lá dentro. Uma voz vinha da caixa, suplicando pela liberdade, e o casal decidiu abri-la novamente. Isso porque eles acreditavam que nada poderia ser pior do que tudo que já havia escapado.
     O que restava lá dentro, entretanto, era a esperança. Dessa forma, além de liberar a dor e sofrimento do mundo, Pandora também liberou a esperança que permitia enfrentar cada um dos males. Assim, tudo o que restava na caixa era a esperança, que voou da caixa, tocando as feridas criadas e curando-as. Dessa forma, embora Pandora tenha liberado dor e sofrimento no mundo, ela também permitiu que a esperança surgisse na humanidade.


Quem abre a caixa de Pandora encontra a esperança para saber viver. Mas, o que é saber viver? Cora Coralina nos responde:


Agora, voltando aos nossos dias, estamos passando, na nossa vida real, pela pandemia do coronavírus. Leia, agora, um trecho da crônica de Juremir Machado da Silva (Correio do Povo: 11 de maio de 2020), na qual ele relata a sua experiência após ficar curado da Covid-19.
     Porque falo disso ( da solidariedade que recebi) agora? Porque a atenção das pessoas me comove. Em meio ao desalento da pandemia aparecem pessoas maravilhosas, interessadas, gente com quem eu havia perdido o contato, conhecidos apenas, leitores, ouvintes. O mundo, apesar do tempo difícil, revela o seu lado bom. Comento também por acreditar que A TAREFA DE CRONISTA É UNIVERSALIZAR O PARTICULAR E TRATAR DAS COISAS DE SEU TEMPO.
     Hibernei. Estou voltando à superfície aos poucos. Tenho a impressão de que serei outra pessoa. Não digo que serei melhor ou muito menos perfeito. Digo que olharei para as coisas que não me chamavam atenção.
  Estou vivo e apaixonado pela vida. Quero a alegria dos encontros com amigos, o carinho das relações com a família, o estímulo dos desafios do trabalho, a energia da arte, a beleza dos dias de sol. Quero ser o cronista de UM NOVO TEMPO DE ESPERANÇA, que só começará para todos, de fato, quando a ciência tiver a vacina contra o corona.

Proposta: Você vai se transformar num cronista, cuja função é “universalizar o particular “ e escrever uma crônica, refletindo sobre os teus sentimentos nesse período de quarentena e quais são as suas esperanças nesse momento. Pode também, transformar-se num poeta e escrever um pequeno poema sobre o que estamos vivendo nesse tempo de pandemia.

Você pode enviar para o meu e-mail: flaviolunardi@uol.com.br


ESCREVER SOBRE UM TEMPO É ETERNIZAR UM SENTIMENTO


Bom trabalho,




Profª Claudia Athayde - Literatura - (02/06/2020)

Leia os textos abaixo e reflita:

Texto 1: poema permeado de grande indignação moral e publicado em 1948, dentro do livro Belo belo de Manuel Bandeira. Poeta da primeira geração modernista e alheio às tendências ideológicas da época, Bandeira simplesmente apresenta problemas sociais, sem propor uma solução. A lírica de Manuel Bandeira é pautada na apreensão de significados profundos, a partir de elementos do cotidiano.

         O bicho

"Vi ontem um bicho
 Na imundície do pátio
 Catando comida entre os detritos

 Quando achava alguma coisa,
 Não examinava nem cheirava:
 Engolia com voracidade.

 O bicho não era um cão,
 Não era um gato,
 Não era um rato.

 O bicho, meu Deus, era um homem." 

Texto 2: coluna de Paulo Germano ,publicada no jornal Zero Hora, de 25 de maio de 2020.


Questão 1: Qual é o assunto de cada texto apresentado?

Questão 2: Em sua opinião, há alguma semelhança entre o poema de Manuel Bandeira e o texto jornalístico ? 

Questão 3: Diante do cenário epidêmico vivenciado no Brasil e no mundo, podemos afirmar que todos "  estão no mesmo barco", em relação ao combate, prevenção e sobrevivência à COVID - 19? Por que?








Profº Alexandre - Literatura - (02/06/2020)

Queridos alunos, apresento uma atividade que relaciona literatura com o momento de pandemia que vivemos hoje. Espero que gostem e descubram a “ilha desconhecida”! Para o retorno da atividade, meu e-mail está à disposição. Abraços, Prof. Alexandre.
“... é necessário sair da ilha para ver a ilha, que não nos vemos se não nos saímos de nós, se não saímos de nós próprios.
José Saramago

O momento de isolamento social que vivemos atualmente, imposto pela pandemia do Covid-19, o corona vírus, pode ser visto a partir de diferentes perspectivas, algumas negativas, como a ausência de convívio com amigos ou até mesmo familiares; outras positivas, a exemplo da oportunidade de refletirmos acerca de importantes questões que afetam nossa existência. Podemos utilizar a leitura de um conto do escritor português José Saramago (“O conto da ilha desconhecida”) para compararmos essas vivências. O conto narra a história de um homem que resolve pedir ao rei uma embarcação para sair em busca de uma ilha desconhecida. Todos sabem, entretanto, que não há mais ilhas desconhecidas... Será mesmo?

Atividade:

  • Leia o conto (links para baixar o arquivo a seguir). 

Baixar “O conto da ilha desconhecida” em PDF: https://drive.google.com/open?id=1M5jaHGzU0mVCCsAhYJcbQ8xY13XDflvz
Baixar “O conto da ilha desconhecida” em EPUB: https://drive.google.com/open?id=1ª-Jy_iOWG1mq6ax_1fj_h_srtKmwQEEs


  • Escreva um pequeno texto em que compare a história narrada no conto com a situação vivida por você atualmente.
  • Envie para o e-mail xandemartins2@gmail.com
  • Escreva no assunto: “O conto da ilha desconhecida”.


Fiquem em casa, se possível. Abraço a todos.

Boa atividade a todos!

Prof. Alexandre M. Martins





Divulgada a lista de leituras obrigatórias do Vestibular 2021
Álbum Construção, de Chico Buarque, e obras de Conceição Evaristo, Isabela Figueiredo e Amílcar Bettega foram incluídos nesta edição
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