Professor Flávio Lunardi - (29/05/2020)
Mas, quem é Sylvia Orthof?
Agora, vamos à leitura clicando na imagem:
Veja algumas ilustrações do livro:
Com a chegada da Covide-19, nossa casa, nossa escola e nossa vida também se transformaram assim como houve “mudanças no galinheiro” que mudaram “as coisas por inteiro”. Assim, podemos fazer uma releitura dessa história à luz da pandemia. Gaúchos, segundo uma reportagem do Correio do Povo, de 24 de 05 de 2020, e que estão morando no exterior falaram sobre as mudanças pelas quais passaram. Leia alguns depoimentos:
Assim, qual é tarefa que você vai realizar?
Você vai escrever um pequeno texto, escolhendo uma das opções:
a)Escrever uma história de ficção, que se passa numa creche , após a abertura da instituição, neste período de coronavírus;
b) Escrever um relato pessoal, contanto sua experiência de vida e as mudanças que ocorreram no seu cotidiano.
Você pode enviar para o seguinte e-mail: flaviolunardi@uol.com.br
Bom trabalho e não se esqueçam de se cuidar!
Vamos sempre em busca de SOL:
Profº Flávio Lunardi - Literatura -
(02/06/2020)
AULA LITERATURA EMILIO MEYER: PROJETO PANDEMIA
Estamos passando por um momento definido por muitos como “um filme de terror” nunca imaginado. Entretanto, é claro que, na literatura, no universo de ficção, situações semelhantes a essa já foram criadas.
Veja, agora, a sinopse do livro A Peste de Albert Camus publicado em 1947.
Esse livro explora os sentimentos, as emoções e as reflexões humanas que surgem numa situação de incerteza e de insegurança. Essa história é uma metáfora da nossa situação atual.
Outra obra literária que aborda o tema de uma pandemia é Ensaio sobre a cegueira de José Saramago .
Esse livro mostra uma narrativa envolvente provocante. Nesse caso, a pandemia é uma cegueira branca que chega sem explicação. A história começa quando um homem, ao estar parado no sinal vermelho, começa a gritar que está cego, ocasionando uma confusão no tráfego. É uma cegueira branca, um mar de leite, explica ele. Congestionamento, xingamentos, curiosidade e pena foram somente algumas das reações à inexplicável cegueira daquele indivíduo. O cego, no semáforo, é ajudado por outro homem, que o leva em casa e rouba-lhe o carro. Mas o ladrão não tem tempo para usufruir da nova aquisição, porque a cegueira também o atinge. O médico que atende o cego, também cega, assim como cegam todos os seus pacientes presentes na sala de estar no momento em que o primeiro cego chega. E uma cadeia sucessiva de cegueira vai se formando. Uma cegueira diferente, pois ela é branca. O governo não demora a perceber que se trata de uma epidemia e toma providências.
No mundo dos cegos, surge a luta pela sobrevivência e, nesse universo, o homem vai se animalizando, ou seja, perdendo o sentimento de amor e de solidariedade. Há uma metáfora: o ser humano não enxerga mais o outro. Ele começa agir por instinto como os animais. O mundo fica à beira da extinção. Os cegos transformam-se, virando-se uns contra os outros, acabando por mostrar as faces mais sombrias do ser humano. A cidade vai se transformando num caos de destruição humana, onde cada cego luta pela sua sobrevivência, entregando-se de tal forma ao desespero que acabam por abandonar qualquer traço de humanidade.
Entretanto, felizmente, tão de repente como veio, a cegueira se vai, restando a contemplação. Há uma frase do livro importante que aborda a importância do sentimento de esperança na vida do ser humano: “a cegueira também é isso, viver num mundo onde se tenha acabado a esperança.”. Parafraseando, o ser humano, mesmo em situações limites, não pode perder a esperança, que é a força motriz da vida.
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E falando em ESPERANÇA e em DOENÇAS, não podemos deixar de nos lembrarmos da mitologia grega. Um dos mitos gregos, a Caixa de Pandora, tenta explicar a origem do mal e das tragédias humanas. Esse mito também pode representar a capacidade humana de resistir e de superar as diversas situações negativas que podem nos afligir, pois, embora a caixa, quando aberta, expande ao mundo todos os males, lá, no seu fundo, fica a ESPERANÇA.
Leia, com atenção, o mito a Caixa de Pandora:
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No início, na criação do mundo grego, houve uma guerra entre os titãs. Esses eram 12 deuses que, segundo a mitologia, nasceram no início dos tempos. Eles eram os ancestrais dos futuros deuses olímpicos e também dos próprios mortais (os humanos). Os titãs nasceram da união entre Urano, que representava o Céu, e Gaia, que seria a Terra. Eles eram seres híbridos, ou seja, ora eram humanos, ora animais.
Nessa guerra, os titãs Prometeu e Epimeteu, que eram irmãos, juraram lealdade a Zeus. Dessa maneira, eles se mantiveram ao lado desse deus durante toda a guerra travada contra os outros titãs. Assim, Zeus permitiu que os dois criassem as primeiras criaturas vivas do planeta. Epimeteu foi rápido e criou os animais, bem como as habilidades especiais de cada um e a proteção para eles. Por outro lado, Prometeu demorou a cumprir sua missão e, quando terminou de moldar o homem do barro e da água, ele pediu que Zeus oferecesse o fogo dos deuses aos homens para protegê-los, pois seu irmão já havia usado todas as proteções para os animais. Zeus, entretanto, recusou a proposta. Devido a isso, Prometeu continuou com o seu plano e roubou o fogo.
Em razão do roubo, Prometeu foi amarrado em uma montanha, onde era atacado por uma águia. Todos os dias, a ave comia seu fígado, que voltava a crescer durante a noite. Da mesma forma, Zeus achou que era necessário punir os homens. Assim, Zeus criou a primeira mulher: Pandora. Ela recebeu dons de todos os deuses, incluindo sabedoria, bondade, paz, generosidade e saúde. Além disso, foi moldada com a beleza da deusa Afrodite. Depois de criar Pandora, deus enviou a mulher para se casar com Epimeteu. Junto da esposa, ele recebeu uma caixa com vários males. Ainda que Epimeteu não soubesse o que a caixa guardava, recebeu a orientação de nunca abri-la. Chamada de Caixa de Pandora, ela era guardada por duas gralhas barulhentas.
Utilizando sua beleza natural, Pandora convenceu Epimeteu a se livrar das gralhas. Como esse conseguiu espantá-las e, aproveitando a falta de proteção da caixa, a mulher, como é curiosa, acabou abrindo o presente. Assim que a Caixa de Pandora foi aberta, saíram dali coisas como ganância, inveja, ódio, dor, doença, fome, pobreza, guerra e morte. Assustada, Pandora fechou a caixa. Apesar disso, algo ainda havia ficado lá dentro. Uma voz vinha da caixa, suplicando pela liberdade, e o casal decidiu abri-la novamente. Isso porque eles acreditavam que nada poderia ser pior do que tudo que já havia escapado.
O que restava lá dentro, entretanto, era a esperança. Dessa forma, além de liberar a dor e sofrimento do mundo, Pandora também liberou a esperança que permitia enfrentar cada um dos males. Assim, tudo o que restava na caixa era a esperança, que voou da caixa, tocando as feridas criadas e curando-as. Dessa forma, embora Pandora tenha liberado dor e sofrimento no mundo, ela também permitiu que a esperança surgisse na humanidade.
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Quem abre a caixa de Pandora encontra a esperança para saber viver. Mas, o que é saber viver? Cora Coralina nos responde:
Agora, voltando aos nossos dias, estamos passando, na nossa vida real, pela pandemia do coronavírus. Leia, agora, um trecho da crônica de Juremir Machado da Silva (Correio do Povo: 11 de maio de 2020), na qual ele relata a sua experiência após ficar curado da Covid-19.
Porque falo disso ( da solidariedade que recebi) agora? Porque a atenção das pessoas me comove. Em meio ao desalento da pandemia aparecem pessoas maravilhosas, interessadas, gente com quem eu havia perdido o contato, conhecidos apenas, leitores, ouvintes. O mundo, apesar do tempo difícil, revela o seu lado bom. Comento também por acreditar que A TAREFA DE CRONISTA É UNIVERSALIZAR O PARTICULAR E TRATAR DAS COISAS DE SEU TEMPO.
Hibernei. Estou voltando à superfície aos poucos. Tenho a impressão de que serei outra pessoa. Não digo que serei melhor ou muito menos perfeito. Digo que olharei para as coisas que não me chamavam atenção.
Estou vivo e apaixonado pela vida. Quero a alegria dos encontros com amigos, o carinho das relações com a família, o estímulo dos desafios do trabalho, a energia da arte, a beleza dos dias de sol. Quero ser o cronista de UM NOVO TEMPO DE ESPERANÇA, que só começará para todos, de fato, quando a ciência tiver a vacina contra o corona.
Proposta: Você vai se transformar num cronista, cuja função é “universalizar o particular “ e escrever uma crônica, refletindo sobre os teus sentimentos nesse período de quarentena e quais são as suas esperanças nesse momento. Pode também, transformar-se num poeta e escrever um pequeno poema sobre o que estamos vivendo nesse tempo de pandemia.
Você pode enviar para o meu e-mail: flaviolunardi@uol.com.br
ESCREVER SOBRE UM TEMPO É ETERNIZAR UM SENTIMENTO
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Bom trabalho,
Profª Claudia Athayde - Literatura - (02/06/2020)
Leia os textos abaixo e reflita:
Texto 1: poema permeado de grande indignação moral e publicado em 1948, dentro do livro Belo belo de Manuel Bandeira. Poeta da primeira geração modernista e alheio às tendências ideológicas da época, Bandeira simplesmente apresenta problemas sociais, sem propor uma solução. A lírica de Manuel Bandeira é pautada na apreensão de significados profundos, a partir de elementos do cotidiano.
O bicho
"Vi ontem um bicho
Na imundície do pátio
Catando comida entre os detritos
Quando achava alguma coisa,
Não examinava nem cheirava:
Engolia com voracidade.
O bicho não era um cão,
Não era um gato,
Não era um rato.
O bicho, meu Deus, era um homem."
Texto 2: coluna de Paulo Germano ,publicada no jornal Zero Hora, de 25 de maio de 2020.
Questão 1: Qual é o assunto de cada texto apresentado?
Questão 2: Em sua opinião, há alguma semelhança entre o poema de Manuel Bandeira e o texto jornalístico ?
Questão 3: Diante do cenário epidêmico vivenciado no Brasil e no mundo, podemos afirmar que todos " estão no mesmo barco", em relação ao combate, prevenção e sobrevivência à COVID - 19? Por que?
Profº Alexandre - Literatura - (02/06/2020)
Queridos alunos, apresento uma atividade que relaciona literatura com o momento de pandemia que vivemos hoje. Espero que gostem e descubram a “ilha desconhecida”! Para o retorno da atividade, meu e-mail está à disposição. Abraços, Prof. Alexandre.
“... é necessário sair da ilha para ver a ilha, que não nos vemos se não nos saímos de nós, se não saímos de nós próprios.”
José Saramago
O momento de isolamento social que vivemos atualmente, imposto pela pandemia do Covid-19, o corona vírus, pode ser visto a partir de diferentes perspectivas, algumas negativas, como a ausência de convívio com amigos ou até mesmo familiares; outras positivas, a exemplo da oportunidade de refletirmos acerca de importantes questões que afetam nossa existência. Podemos utilizar a leitura de um conto do escritor português José Saramago (“O conto da ilha desconhecida”) para compararmos essas vivências. O conto narra a história de um homem que resolve pedir ao rei uma embarcação para sair em busca de uma ilha desconhecida. Todos sabem, entretanto, que não há mais ilhas desconhecidas... Será mesmo?
Atividade:
- Leia o conto (links para baixar o arquivo a seguir).
Baixar “O conto da ilha desconhecida” em PDF: https://drive.google.com/open?id=1M5jaHGzU0mVCCsAhYJcbQ8xY13XDflvz
Baixar “O conto da ilha desconhecida” em EPUB: https://drive.google.com/open?id=1ª-Jy_iOWG1mq6ax_1fj_h_srtKmwQEEs
- Escreva um pequeno texto em que compare a história narrada no conto com a situação vivida por você atualmente.
- Envie para o e-mail xandemartins2@gmail.com
- Escreva no assunto: “O conto da ilha desconhecida”.
Fiquem em casa, se possível. Abraço a todos.
Boa atividade a todos!
Prof. Alexandre M. Martins
Divulgada a lista de leituras obrigatórias do Vestibular 2021
A minha filha começou a ler Úrsula, está amando.
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